quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Cientistas criam novo painel, mais eficiente, de captação da energia solar

Os métodos de produção de energia solar estão em constante evolução, e não é apenas no que diz respeito aos painéis fotovoltaicos que captam a energia do Sol. Como o sistema atual, no qual os painéis são construídos à base de Silício, ainda é ineficiente (converte apenas 20% da energia solar recebida em eletricidade), pesquisadores da Universidade Stanford, em Palo Alto (Califórnia, EUA), estão desenvolvendo um novo material.
Ao invés de usar os painéis de Silício, a base agora é outro metal, o Gálio. As placas de Gálio, por sua vez, são revestidos por uma fina camada de outro elemento químico, o Césio. Este novo painel fotovoltaico de Gálio-Césio é o resultado de um projeto que os pesquisadores chamaram de PETE (Sigla em inglês para “Emissão Termiônica Foto-reforçada” ), nome que o projeto leva.
Basicamente, a vantagem na troca dos materiais é a superação dos problemas que os painéis de silício apresentam. Primeiro, eles só podem captar a energia de uma estreita faixa de luz solar, e o resto é desperdiçado em forma de calor. E o que é pior: as células de captação são sensíveis ao calor e funcionam mal sob altas temperaturas, ou seja, a energia desperdiçada pelo painel atrapalha o seu próprio trabalho de captação. Se passar de certa temperatura, algo em torno dos 100°C (não estamos falando da temperatura ambiente, e sim da dos painéis, que chegam a aquecer até 800°C), o sistema à base de Silício não consegue mais produzir energia.
Com a nova placa de Gálio-Césio, esses problemas acabaram. Primeiro, porque a placa é capaz de colher qualquer raio solar incidente sobre ela, aumentando a eficiência. E ainda está muito longe de atingir o pico de eficiência ao atingir 200°C, ponto em que as células de Silício já deixaram de funcionar faz tempo. De lambuja, criaram um conversor para captar a pouca energia térmica desperdiçada em eletricidade também. De fato, a captação ainda não atingiu os 100% desejados, está em cerca de 60%, o que já é três vezes mais do que as células de Silício eram capazes de coletar. Os custos de produção dessa energia em larga escala, como afirmam os pesquisadores, serão semelhantes ao da energia à base de petróleo. [Daily Tech]

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