segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Banco Mundial faz estudo sobre o lixo no Brasil


Mais uma boa notícia para os verdes. Não é só na política, com o bom desempenho da candidata Marina Silva na eleição presidencial, que a agenda ambiental ganha força. Há mudanças também na gestão dos problemas. Está em fase final de elaboração no Banco Mundial um detalhado estudo sobre um dos maiores – e mais protelados – problemas ambientais do Brasil: o lixo. O levantamento foi encomendado pela Caixa Econômica Federal.
O banco tem metas a cumprir nessa área e precisa entender o mais rápido possível como ela funciona. Durante o lançamento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em agosto último, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que até 2011 seria investido um total de 1,5 bilhão de reais para modernizar a coleta, o transporte e a destinação do lixo urbano – 500 milhões viriam da Caixa na forma de financiamentos. Ocorre que o lixo é de responsabilidade das prefeituras e a maioria delas não tem um único técnico nessa área. Resultado: poucos projetos chegam à Caixa e a maioria dos que chegam não tem qualidade para ser aprovada. O dinheiro corria o risco de ficar parado na conta.
 O estudo do Banco Mundial busca aliviar essa deficiência. Além de fazer um diagnóstico de como o lixo é tratado, ele traz sugestões para a modelagem financeira e jurídica de projetos e de contratos de prestação de serviço na área. Também propõe sugestões para aperfeiçoar a coleta seletiva e a reciclagem, ampliar a participação das cooperativas de catadores e disseminar o uso de aterros sanitários. O trabalho vai virar uma espécie de manual. A sua publicação não tem data marcada, mas pode ocorrer até o final do ano.
Se apenas uma parte das sugestões for aplicada, já será um grande avanço. Hoje as cidades brasileiras produzem quase 60 milhões de toneladas de restos por ano, o que dá uma média diária de 1,2 quilo por pessoa. Mais da metade disso não tem destinação adequada e segue para lixões, aqueles terrenos baldios, sem infra-estrutura e tratamento, que levam à contaminação de lençóis d’água e do solo. Da parcela com destinação controlada, cerca de 35% termina sendo incinerada, uma opção em desuso no mundo porque a queima, mesmo como o uso de filtros, libera gases tóxicos, alguns deles, cancerígenos.

sábado, 11 de setembro de 2010

Florestas podem armazenar menos carbono do que se pensava

Um estudo indica que as florestas tropicais podem armazenar muito menos carbono do que se pensava.
Pesquisadores utilizaram mapeamento por satélite, sondagem de mata rasteira e levantamentos de solo local em uma grande área de floresta tropical do Peru. O objetivo era estimar quanto carbono realmente é bloqueado nas florestas.
Os resultados revelaram uma variabilidade grande, até então desconhecida, na densidade de carbono armazenada nas florestas. Segundo os pesquisadores, esse armazenamento de carbono diferiu entre os tipos de floresta e de geologia básica. Por exemplo, onde as rochas subjacentes eram mais jovens, os solos e as florestas continham mais carbono.
O estudo também revelou grandes perdas de carbono devido ao desmatamento, agricultura, mineração e construção de estradas, mesmo em áreas ainda cobertas por floresta. Mas foi descoberto bastante carbono acumulado ao longo de florestas naturais que recresceram em terras abandonadas.
O Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática diz que deve haver cerca de 587 milhões de toneladas de carbono armazenados na área de estudo, 43.000 quilômetros quadrados de floresta de várzea na região de Madre de Dios no Peru. Porém, os pesquisadores afirmaram que o número real é apenas 395 milhões de toneladas, um terço menos.
A descoberta é considerada importante, já que há planos para que governos de todo o mundo se juntem para ajudar a proteger os países tropicais, justamente por causa de suas florestas. Mas se elas não forem realmente úteis em reduzir o aquecimento global, não valeria a pena aplicar esse dinheiro.
Ainda assim, é preciso que os países com grandes florestas tropicais as protejam, porque cerca de 15% das emissões globais de dióxido de carbono são provenientes do desmatamento tropical.
Pesquisas similares estão sendo desenvolvidas em outras áreas do mundo, para melhorar as informações sobre florestas tropicais e carbono. [NewScientist]

Ração temperada com orégano faz com que vacas emitam menos gases

Você já ouviu dizer, com certeza, de que boa parte dos gases que são prejudiciais ao meio ambiente e que aumentam oaquecimento global são emitidos pelas criações de gado e de outros animais. Mas cientistas descobriram uma forma simples de diminuir o problema: temperar a ração dos bichos com orégano.
Mundialmente, estima-se que as vacas sejam responsáveis por 37% da emissão de metano “extra” (sem contar o que é emitido pela natureza, sem interferência humana). E, ao contrário do que você pode pensar, a maior parte do gás não sai por trás da vaca, e sim pela frente, resultante do processo de digestões seguidas do bovino.
Depois de pesquisar várias substâncias, os cientistas descobriram que o orégano diminui expressivamente a quantidade de metano emitida no processo – até 40% a menos.
E, para que os produtores não digam que acrescentar a erva à ração causará prejuízo, os cientistas também constataram que, durante os testes, as vacas produziram cerca de 1,4 quilos a mais de leite do que o normal. [LiveScience]

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Governo brasileiro libera construção de barragem em afluente do Amazonas



 O governo do Brasil deu o seu aval formal para a construção da terceira maior barragem hidrelétrica do mundo em um afluente do Rio Amazonas. Depois de vários desafios legais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu assinar o contrato para a barragem de Belo Monte, com o consórcio Energia Norte.
A licitação para o projeto, liderado pela companhia estatal Hidroelétrica do São Francisco, teve que ser interrompida três vezes até que o governo o permitiu.
Os críticos dizem que o projeto irá danificar o ecossistema local e deixar 50 mil pessoas desabrigadas, principalmente indígenas. Mas o governo diz que é crucial para o desenvolvimento e criação de empregos.
Na cerimônia de assinatura do contrato, em Brasília, o presidente Lula disse que ele mesmo havia criticado a barragem, até que aprendeu mais sobre o assunto. Segundo ele, essa é uma vitória para o setor de energia do Brasil. Também afirmou que eles levaram seriamente em conta as questões ambientais e sociais antes de tomar a decisão.
Essa proposta, de construir uma barragem hidroelétrica no rio Xingu, tributário do Amazonas, no estado do Pará, tem sido uma fonte de controvérsias. O projeto inicial foi abandonado na década de 1990 em meio a protestos generalizados, tanto no Brasil e no mundo.
Grupos ambientalistas dizem que a barragem de seis quilômetros de comprimento irá ameaçar a sobrevivência de grupos indígenas, e muitas vidas poderão ser afetadas pelos 500 quilômetros quadrados de terra inundada.
A promessa é de que o consórcio vencedor vai pagar mais de um bilhão de reais para proteger o meio ambiente. A barragem será a terceira maior do mundo, após a das Três Gargantas na China e Itaipu, que é dirigida conjuntamente por Brasil e Paraguai.
Espera-se que custará entre R$ 19 bilhões e R$29 bilhões, e fornecerá eletricidade para 23 milhões de casas.
Como a economia do Brasil continua a mostrar sinais de crescimento, os ministros dizem usinas hidrelétricas são uma forma vital para assegurar o abastecimento de energia na próxima década e, pelo menos 70 barragens estão sendo planejadas para a região amazônica nos próximos anos.
Já os críticos afirmam que a usina Belo Monte será altamente ineficiente, gerando menos de 10% da sua capacidade durante três a quatro meses do ano, quando os níveis de água estão baixos. [BBC]

domingo, 5 de setembro de 2010

A cidade de lixo de Manshyiat Naser



Manshyiat Naser é uma espécie de favela, ou gueto, da cidade de Cairo, capital do Egito. Mas ela é mais conhecida como “A cidade de lixo” por causa da enorme quantidade de detritos que ficam espalhados pelas ruas.
As fotos podem parecer montagem, mas Manshyiat realmente existe e pessoas realmente vivem lá. A “cidade” tem ruas, casas, apartamentos e funciona como uma comunidade qualquer. O que muda é o trabalho dos habitantes da região: eles não só moram no meio do lixo, mas tiram seu sustento dele.

E, acredite se quiser, são os próprios moradores, conhecidos como Zabbaleen, que trazem o lixo para a região (usando carros, caminhões, ou qualquer outro meio de transporte) e separam o reciclável do resto.

Apesar de parecer um sistema absurdo, graças aos Zabbaleen, 80% de todo esse lixo é reciclado – o resto serve de alimentos para porcos ou é queimado, sendo usado como combustível. E o lixo representa um terço de todos os detritos produzidos no Cairo.

Cada rua e cada edifício de Manshyiat são completamente tomados pelo lixo e você pode encontrar homens, mulheres e crianças fuçando na sujeira, sempre procurando por algo para vender.


O modo de vida dessas pessoas se tornou também um modo de deixar as cidades mais limpas e o modelo foi copiado por outras cidades no mundo: Bombaim, Manila e até mesmo Los Angeles.[OddityCentral]

sábado, 28 de agosto de 2010

Sua urina pode salvar o mundo – saiba como


Porque deixar seu xixi ir ralo abaixo quando ele pode ser usado para recarregar seu celular? Muita calma, não vá se aliviar no aparelho ainda! De acordo com o cientista Shanwen Tao, a urina pode nos ajudar a resolver o problema de abastecimento de energia mundial.




Tao é um químico e ele acredita que o “ouro líquido” que você rejeita pode fornecer energia suficiente para o funcionamento de fazendas e de escritórios.



O primeiro argumento do cientista é que, ao contrário de combustíveis fósseis, urina é abundante e renovável. Temos quase 7 bilhões de pessoas no mundo produzindo cerca de 10 bilhões de litros de urina diariamente. Adicione os animais que criamos a essa mistura e você terá uma idéia da enorme quantidade de xixi que é produzida no mundo.



Obviamente que todo esse esgoto é um problema. Se deixarmos o xixi ir direto para as águas, sem passar por um tratamento, ele pode arruinar completamente alguns ecossistemas. Além disso o próprio ato de tratar o esgoto consome energia – só os Estados Unidos, 1,5% de toda a energia produzida no país é gasta no tratamento de esgoto.



Então seria uma boa para o Meio Ambiente (e isso inclui você) se a urina parasse de ser despejada nos rios e se seu tratamento não consumisse tanta energia.



O hidrogênio, hoje, pode ser usado para movimentar nossas máquinas, é retirado em grandes quantidades de combustíveis fósseis. Mas é difícil de estocar e de distribuir o hidrogênio assim. Outro método que pode ser utilizado é dividir as moléculas de água durante o uso da máquina, liberando o hidrogênio. Mas é necessária muita energia para dividir a água.



Então por que não usar urina em vez de água? A composição da urina possui hidrogênio e ela é uma substância mais simples de ser dividida.



Segundo Tao esse método, por ser simples e necessitar apenas de um eletrodo, poderia ser usado em lugares remotos para carregar seu celular ou então ligar um rádio.



Uma outra aplicação, dessa vez em larga escala, seria em fazendas criadoras de gado, por exemplo. Se o xixi das vacas fosse separado dos “resíduos sólidos” ele poderia ser usado para fornecer a energia para as máquinas do local (mas como alguém separaria o xixi do esterco da vaca ainda é um mistério).



Talvez a urina não seja a solução ideal ou final para nossos problemas com energia, mas quanto mais fontes de energia verde e renovável tivermos, melhor. [Gizmodo]

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Nova fonte de energia alternativa: eletricidade retirada do ar


A nova forma de geração de energia está sendo chamada de higroeletricidade  – que significa eletricidade vinda da umidade. E cientistas já estão construindo aparelhos que sejam capazes de coletá-la.
Ela funciona coletando gotículas de água eletricamente carregadas na atmosfera. Estudos recentes provaram que essa água não é eletricamente neutra. Essa água realmente pode acumular energia e transferir isso para outras superfícies com as quais entra em Contato 
Isso significa que, no Futuro, em áreas com alta umidade, a energia poderia ser coletada da água da mesma forma com que painéis solares conseguem coletar a energia da luz. Aparelhos similares também pode, em teoria, ser usados para prevenir a formação de raios. [Gizmodo]

Bactérias estão comendo a mancha de petróleo na costa americana

Já se vão mais de 4 meses desde o desastre petrolífero que derramou quase 800.000 litros de óleo no Golfo do México. Já demos um panorama geral sobre o que foi o problemas, mas também explicamos que o homem não tem nenhum malefício para a saúde diretamente do petróleo. De qualquer maneira, é uma catástrofe, porque a vida marinha é prejudicada. Mas pesquisas recentes indicam que a mancha sumiu quase completamente. O motivo? As bactérias estão comendo o óleo.
Os cientistas realmente desconheciam essa bactéria marinha. Por conta disso, o sumiço gradativo e contínuo da mancha, que vinha sendo observado nas últimas semanas, era um mistério biológico. O segredo da fome que as bactérias apresentam pelo petróleo, no entanto, revelou-se muito simples: oxigênio. É o oxigênio presente no petróleo que as bactérias desejam consumir, mas acabam dando conta de eliminar todo o material. No DNA das bactérias, conforme descobriram os cientistas da Universidade de Berkeley, na Califórnia, há uma variedade de enzimas sintetizadoras de hidrocarbonetos.
As companhias de combustíveis, no futuro, poderão fazer uso dessas bactérias, por duas razões. De acordo com os pesquisadores: uma vez que elas degradam o petróleo naturalmente, podem fazer o trabalho de separar os componentes do material (processo que apresenta um alto custo), embora ainda não haja tecnologia para proporcionar isso. Além disso, pode-se descobrir onde há mais petróleo escondido por aí, basta monitorar as colônias dessas bactérias no fundo do mar e descobrir onde há incidência de atividades. Assim como onde há fumaça, há fogo, onde há atividade de bactérias digestoras de hidrocarbonetos, há petróleo. [Pop Science]

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Aquecimento global: o mar antártico se expande enquanto o gelo ártico derrete

Um novo estudo demonstrou que o gelo marinho da Antártida aumentou, apesar do aquecimento global, ao contrário do gelo no Ártico. Mas isso deverá mudar, conforme os gases do efeito de estufa continuem a aquecer as águas da Antártida.


Isso fornece uma explicação para o gelo do mar na Antártida estar crescendo ao longo dos últimos 30 anos, embora o aquecimento global tenha derretido muito do gelo do Ártico. O aquecimento dos oceanos provocou precipitações na atmosfera superior, e essas precipitações caem como neve na Antártida.

As camadas superiores do oceano, em seguida, tornam-se menos densas, porque a neve faz com que essas camadas superficiais fiquem menos salgadas, tornando-as mais estáveis. Isso impede que as correntes mais quentes na parte mais profunda do oceano atinjam as águas superficiais e derretam o gelo na Antártida.
Pode parecer uma contradição que as águas quentes da superfície são o que provoca a precipitação que está ajudando a criar gelo, e também provoca o derretimento do gelo do mar quando ele sobe. Mas o problema, de acordo com o estudo, é que os oceanos estão se tornando muito quentes na Antártida devido ao aquecimento global causado pelo homem.
O aumento da quantidade de gases do efeito de estufa provoca o aquecimento do clima, e este aquecimento faz com que a precipitação na Antártida se torne chuva em vez de neve, o que derrete o gelo e a neve em um ritmo muito mais rápido. Os raios solares são, então, absorvidos pelo oceano conforme o gelo derrete, o oceano aquece ainda mais e, eventualmente, isso leva ao derretimento do gelo do mar.
Há vários problemas associados com o derretimento do gelo do mar. Por exemplo, alguns animais na Antártida dependem do gelo para a caça e sobrevivência. Esse derretimento também poderia mudar a forma como a água no oceano viaja ao redor do mundo, o que pode interferir nos padrões de circulação que fornecem nutrientes para até três quartos da vida marinha. [DailyTech]

Oceanos, graças à emissão de gases nocivos, estão ficando mais ácidos

Os oceanos da Terra, basicamente, estão absorvendo tanto dióxido de carbono que estão começando a ficar ácidos.


A maioria dos pesquisadores da área, que acredita no aquecimento global como um fenômeno real e mensurável (há os céticos também), afirma que a atividade humana e, principalmente a queima de combustíveis fósseis, contribuiu para que o efeito estufa normal do planeta se intensifique a níveis muito superiores. Todo esse carbono despejado pelas emissões fica na nossa atmosfera.

Um modelo computadorizado feito por alguns desses especialistas mostra que um terço dessas emissões de carbono é absorvido pelos oceanos do planeta – e que a substância estaria causando a acidificação da água, comprometendo a vida marinha.
De acordo com essa pesquisa, o pH da água dos oceanos em 1750 era de 8,2. Atualmente é 8,1 – quanto mais baixo é o pH, mais ácida é a água. Se o oceano continuar a absorver a quantidade crescente de dióxido de carbono, em 2100 o pH do mar chegada a 7,7. Parece pouco, mas, provavelmente, boa parte da vida marinha não conseguiria se adaptar (leia-se “evoluir”) para sobreviver em águas mais ácidas.
Com apenas uma espécie de alga, por exemplo, sendo extinta, os animais menores que se alimentam dela também acabam desaparecendo por falta de alimento. Com esses pequenos animais desaparecendo, os grandes animais também ficam sem comida, desequilibrando todo um ecossistema. No fim isso afeta, também, a nossa cadeia alimentar e a nossa economia – então a alteração do pH pode parecer um problema pequeno, mas é digno de preocupação [DailyTech]

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A poluição e o tráfego podem causar diabetes

A poluição atmosférica urbana – especialmente as partículas e gases liberados no ar graças ao tráfego de veículos pesados – podem aumentar o risco que uma pessoa tem de desenvolver diabetes tipo 2.




O estudo alemão, se confirmado, demonstra que a poluição representa um fator de risco potencialmente modificável para o distúrbio metabólico.



Mas como a poluição leva à diabetes? Ela provoca inflamações crônica de baixo nível. Embora possa ser uma resposta normal do organismo a uma infecção, a inflamação crônica pode danificar os tecidos e exaurir o corpo. Vários estudos têm relacionado poluentes inflamatórios com diabetes, mas nunca, como no estudo recente, em participantes saudáveis.



Os pesquisadores analisaram dados de 1.775 mulheres, todas com cerca de 55 anos e saudáveis quando entraram pro estudo. Ao longo do período, vários marcadores de inflamação foram medidos nas mulheres, principalmente o fator C3, ou C3c, que é uma proteína produzida pelo fígado em resposta à infecção ou outras fontes de inflamação.



O novo estudo também reuniu dados sobre a poluição a qual as mulheres tinham sido expostas. Em alguns casos, as concentrações foram medidas diretamente, por exemplo, através de estações de monitoramento do ar urbano; em outros casos a poluição do ar foi deduzida (com base na distância entre a casa de uma mulher e a estrada de tráfego intenso, por exemplo).



Ao longo do estudo, 187 participantes desenvolveram diabetes tipo 2. Quanto mais poluição uma mulher enfrentou, maior era sua chance de desenvolver diabetes. No entanto, as concentrações sanguíneas de C3c pareceram desempenhar um papel importante em sua vulnerabilidade. Na verdade, observam os pesquisadores, na maioria dos casos um risco elevado de diabetes tipo 2 era presente em mulheres com C3c alto no início.



Os pesquisadores afirmam que é “biologicamente plausível” que os poluentes do ar provoquem uma resposta imunológica no pulmão que depois se espalha para outras partes do corpo e torna-se aparente em níveis cronicamente elevados de marcadores pró-inflamatórios na circulação. Essa inflamação crônica pode também criar um ciclo vicioso, tornando pacientes afetados pela poluição do ar cada vez mais vulneráveis.



Quando mais poluída a região, o risco de diabetes aumenta cerca de 15%. No entanto, essa ligação só é válida para os participantes mais modestos. Participantes ricos que vivem em ruas movimentadas não mostraram vulnerabilidade semelhante à diabetes.



Os pesquisadores imaginam diversas razões; eles podem escolher apartamentos com janelas diferentes, que mantêm a maior parte da poluição fora do ambiente interior de suas residências. Ou eles podem usar ar condicionado no verão, e podem ter vivido em andares superiores de edifícios altos, bem acima da poluição. Também são mais propensos a ter um carro, que lhes permite evitar andar a pé na rua, o que de fato exagera a exposição ao tráfego, entre outras coisas.



Se a relação entre poluição e diabetes for confirmada, poderia ajudar a explicar porque a doença é mais frequente em áreas urbanas do que rurais. No passado, os elos entre urbanização e diabetes tinham sido atribuídos em grande parte às mudanças de estilo de vida das pessoas, como dieta e atividade física. [ScienceNews]

Finlândia pretende construir a primeira estrada ecológica do mundo

A luta para salvar o meio-ambiente inclui o conceito de “carro ecológico”. Mas carros ecológicos precisam de estradas ecológicas, e, portanto, uma delas está sendo planejada na Finlândia.




Trata-se de um trecho de cerca de 130 quilômetros de asfalto com estações de carga elétrica e bombas de biocombustível produzido localmente. Tudo isso para estimular a adoção de tecnologias automobilísticas menos poluentes.



O projeto vai além da própria rodovia: o plano finlandês prevê o aumento da produção de etanol local a partir de resíduos e outros recursos, assim como infra-estrutura ao longo do caminho.



Outra ideia é instalar bombas de calor geotérmicas na estrada, que forneçam informações aos carros de seus níveis de emissões, e instalar sistemas de iluminação inteligentes que ajustem os níveis de iluminação dependendo do tempo e outros fatores.



Porém, por enquanto tudo não passa de um plano. Ainda assim, municípios do país estão liderando estudos e outros esforços para determinar a sua viabilidade. Se o projeto seguir como o esperado, pode-se começar a construí-lo no segundo semestre do ano que vem e terminar a construção até 2016 a um custo de cerca de um bilhão e quinhentos milhões de reais.



A Finlândia espera receber apoio financeiro da União Européia, dessa forma outras tecnologias como iluminação auto-suficiente de energia solar na estrada poderiam ser viáveis. Estas tecnologias nem sequer foram aperfeiçoadas ainda, mas com um projeto para trabalhar ao longo dos próximos seis anos, pesquisadores e o setor privado podem ser capazes de realizar melhoras e tornar todo o projeto um sonho possível. [POPSCI]

terça-feira, 17 de agosto de 2010

INFORMATIVO SOBRE GESTÃO AMBIENTAL AVANÇADA E SUSTENTABILIDADE

O RANKING AMBIENTAL DOS VEÍCULOS NO BRASIL





O Ministério do Meio Ambiente e o Ibama criaram um ranking de
desempenho ambiental dos veículos leves vendidos no Brasil. A chamada
Nota Verde avalia aspectos como as emissões de poluentes atmosféricos
(monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio), o uso
de combustível renovável e as emissões de gás carbônico (CO2).

O resultado varia de uma a cinco estrelas. Quanto maior a pontuação,
maior o desempenho ambiental do veículo.

Um exemplo:

Um Volkswagen Polo, modelo Bluemotion, motor 1.6, que foi projetado
para ser ambientalmente mais eficiente, recebe a nota máxima de 5
estrelas. Ele emite, por exemplo, 65,8 gramas de CO2 por quilômetro
rodado.

Um Hyundai Tucson, motor 2.0, que nem é vendido na versão flex, recebe
apenas 1 estrela e emite 95,5 gramas de CO2 por quilômetro. Isso sem
falar nos outros poluentes.

Podemos fazer uma conta simples. Se esses dois veículos percorrerem
1.500 km por mês (18.000 km/ano), o Tucson emitirá anualmente 551 kg
de CO2 a mais do que o Polo.

Em tempo de aquecimento global, quem paga por essa poluição maior? Na
condição atual, toda a sociedade paga pela escolha de quem comprou
veículos mais poluidores. Obviamente, não pode continuar assim. O
Governo precisa estabelecer penalidades (maior imposto) para os carros
mais poluidores e incentivos (menor imposto) para os veículos de
melhor desempenho ambiental.

O dinheiro arrecadado com o imposto maior dos veículos poluidores
financiaria os incentivos dos veículos menos poluidores. Isso já está
sendo feito em alguns países, como a França.

Felizmente, entretanto, alguma coisa já está sendo feita no Brasil. O
Banco do Brasil criou uma linha de financiamento de veículos que cobra
taxas de juros menores para a compra de veículos 5 estrelas na Nota
Verde. Vejam link abaixo:



As notas e as emissões de poluentes dos veículos podem ser verificadas
no endereço:

http://servicos.ibama.gov.br/ctf/publico/sel_marca_modelo_rvep.php).

Fiocruz lança editais para 850 vagas

Cargos são de nível médio e superior. Salários vão de R$ 1,6 mil a R$ 5,5 mil


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde, divulgou os cinco editais nesta quinta-feira (12/8) para o total de 850 vagas de nível médio e superior que serão preenchidas por meio de concurso público. Os salários variam de R$ 1,6 mil a R$ 5,5 mil. Os editais serão divulgados nesta quinta no site http://concurso.fgv.br/
             
Do total de vagas, distribuídas em mais de 250 perfis, 730 serão para unidades da instituição no Rio de Janeiro, 25 para Minas Gerais, 23 para Pernambuco, 15 para Bahia, 14 para o Paraná, 12 para Brasília, 9 para o Amazonas, 9 para Rondônia, 7 para o Mato Grosso do Sul e 6 para o Ceará.

Leia notícia completa em:

Projeto: Festa Sustentável


Sustentabilidade entre amigos

“Saberes, Sabores, Amigos, Valores”

FESTA SUSTENTÁVEL

Dia 28 de agosto de 2010
11 às 17 horas

A Festa Sustentável, que será realizada no último sábado do mês de agosto, dia 28, é um evento que busca reunir conceitos, idéias e práticas relacionadas a sustentabilidade de uma maneira dinâmica e festiva. O evento busca transformar as relações estabelecidas a partir da festa e promover outros laços entre os participantes, ampliando as redes e resignificando o espaço acolhedor.
A festa tem como seus principais diferenciais a prática colaborativa, materializada por meio de mutirões de construção coletiva, a prática livre, proporcionando espaços de expressão livres e dinâmicos, com respeito aos princípios e ciclos da sustentabilidade e a promoção de espaços de aprendizagem diversificados para os participantes. Sendo uma festa limpa, faremos a gestão de resíduos, orgânicos e inorgânicos, e a minimização dos impactos do evento, além do uso preferencial de produtos agroecológicos e naturais.
Trabalharemos uma rede de conceitos entorno dos quais a proposta se articula, integrando algumas interfaces e dimensões essenciais para a construção da sustentabilidade, entre os principais estão: alimentação saudável, consumo responsável, economia criativa, cultura, mutirão, tecnologias e novas relações. Teremos ainda, oficinas ambientais, atrações culturais, exibições de filmes, apresentações musicais, comidas orgânicas e outras práticas socioambientais.
Reuniremos amigos para celebrar esse momento de experimentação, colaboração e criação de ambientes. A festa, como espaço educativo pretende construir coletivamente as idéias e atrações para que as técnicas possam ser replicadas em outros locais e com outros amigos.
Espera-se que a idéia de sustentabilidade trazida pela Festa Sustentável, e tratada de forma comprometida ao mesmo tempo em que festiva, possa ganhar força e orientar novas posturas e atitudes, seja um importante momento de reflexão e expressão das mudanças que esperamos.


Contato: Socialize Eventos e CEPPS - festasustentavel@gmail.com

domingo, 15 de agosto de 2010

Criador de Pássaros Canoros em Cativeiro



Os curiós e bicudos são pássaros muito valorizados pelos seus cantos e não  tem como falar de manejo de fauna em cativeiro sem contar a História do Criadouro Picinini. Todos os passarinheiro  tem enorme respeito e admiração pelo seu proprietário o Sr.Marcílio Picinini, homem simples e humilde do interior, mas com uma visão, que alcançava muito além do seu tempo percebeu que o seu “hobby desde criança poderia lhe trazer retorno financeiro e com uma atitude arrojada e corajosa deixou a profissão de caminhoneiro, vendendo seu caminhão e investindo todo capital em um único reprodutor de qualidades perfeitas e incontestáveis, ao mesmo tempo em que se desfazia das demais espécies que prejudicavam o canto clássico do curió.
A coragem e ousadia de ex-caminhoneiro não ficaram impunes, muitas pessoas o criticaram e reprovara sua iniciativa, mas Marcílio alheio a todos, reuniu experiências e informações, concluindo que a criação em gaiolas facilitaria o manejo e aumentaria a produção.
O passo  seguinte foi o desenvolvimento de um tipo simples e prático  de gaiolas, que o modelo inicialmente foi repudiado pelos fabricantes e hoje é usada por 95% dos criadores brasileiros.
O Criadouro Picinini tem buscado incessantemente o melhor, investindo em coberturas de inúmeros campeões nacionais, selecionando entre os filhotes os melhores reprodutores, procurando adotar critérios que aumentem a capacidade de passar para seus filhotes as melhores genéticas de fibra e repetição, destacando seus filhotes nas principais competições.
Hoje o Criadouro Picinini cria em média 1200 filhotes por temporada e cria seis  espécies : curió, bicudo, sabiá da mata, coleirinho, trinca-ferro, e tié-sangue.
O que começou como um passatempo virou  profissão, e Marcilio diz que nunca poderia imaginar que a sua paixão fosse se transformar em um negócio promissor , que emprega  12 funcionários . O criadouro investe em tecnologias  para realizar uma  seleção genética perfeita e garantir a qualidade de seus pássaros.
Para fugir de um mercado interno aquecido, Marcílio apostou na exportação e hoje o Criadouro Picinini já exporta anualmente para os EUA, já existe em terras internacionais mais de 500 pássaros brasileiros. Os mais interessados são brasileiros que moram fora do país mais franceses e americanos já se interessaram em adquirir pássaros do Criadouro.
O Criadouro conta hoje com um cadastro de aproximadamente 2800 clientes em todo País, mais a maioria está concentrada na região sudeste onde se localiza o criadouro.
A grande dedicação de Marcílio fez com que ele fosse reconhecido internacionalmente em 1996 pela Bob`s Rare Birds Avicultural Research & Breeding  em Houston, Texas , USA  por seu trabalho com a criação de curiós e bicudos. Marcílio gravou um vídeo mostrando as suas técnicas de reprodução para ensinamento, esse vídeo foi doado  a um americano que foi a uma visita ao criadouro e após  algum tempo veio a notícia da Homenagem.