Normalmente quando se fala em energia solar, logo se pensa em painéis fotovoltaicos ou em sistemas de aquecimento de água, mas pesquisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology) estão trabalhando em uma tecnologia diferente: um tipo de combustível solar recarregável.
Grosso modo, é uma substância que muda sua estrutura molecular quando exposta ao sol, absorvendo energia térmica no processo que só é liberada com um catalisador específico. Quando esse catalisador é usado, a substância libera calor (pode chegar a 200º C) e volta ao seu estado inicial, pronta para ser “carregada” novamente.
Na prática, explica Jeffrey Grossman, um dos responsáveis pela pesquisa, é como “uma bateria solar recarregável”. Ele diz ainda que a tecnologia tem muitas das vantagens do aquecimento solar, com o diferencial de poder armazenar a energia por anos em uma substância estável, que libera o calor à medida que é necessário.
A ideia de um combustível solar vem desde os anos 70, mas só em 1996 foi possível encontrar um composto capaz de alternar confiável e estavelmente entre o estado inicial e o energizado. Mas aí, outro problema. A tal substância, chamada fulvalene diruthenium, contém Rutênio, um elemento químico tão raro quanto caro, e, mais importante, ninguém sabia ao certo como ela funcionava para tentar uma substituição.
E foi exatamente essa a descoberta do grupo de pesquisa do MIT. Eles conseguiram entender como a fulvalene diruthenium absorve a energia e se mantém estável. Ao contrário do que se pensava, não há só os estados inicial e energizado. “Descobrimos que há um estágio intermediário que desempenha um papel essencial”.
A “novidade” explica como a substância é estável e porque nenhuma substituição do Rutênio havia funcionado. Com a descoberta, é muito mais possível achar uma alternativa economicamente viável para o elemento.
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