Muito antes das aulas de biologia, você deve ter aprendido com a “tia de Ciências” que as plantas purificam o ar. Esse é um dos motivos pelos quais ter plantas, inclusive em ambientes fechados, é uma boa ideia, e para remover as toxinas do ar com um estilo todo especial, designers franceses criaram “Andrea”, o vaso-purificador.
Inventado a pedido da empresa Le Laboratoire pelo designer Mathieu Lehanneur com a colaboração do professor de Harvard, David Edward, o purificador seria apenas uma peça sem fins comerciais, mas considerada a “Invenção do Ano” pela respeitada revista americana Popular Science em 2008, passou a ser vendido na Europa no final de 2009 e nos EUA em janeiro do ano seguinte.
Como representado acima, Andrea é ligado na tomada para que um ventilador mecânico puxe o ar para fora pela lateral do dispositivo, forçando a entrada de mais ar pelas aberturas superiores, criando assim um fluxo contínuo de vento. A única manutenção a ser feita é a reposição de água na gaveta da base do aparelho.
O processo metabólico da planta é capaz de absorver gases tóxicos, inclusive alguns considerados cancerígenos pela OMS, como formaldeídos, pentaclorofenol e tricloroetileno.
Devo dizer que estava cético sobre a necessidade de algo assim no lugar de um simples vaso com planta, mas o gráfico abaixo dá uma ideia da diferença entre a planta sozinha (“plant alone”), um dispositivo de função similar criado pela NASA (art. X. 1988. Science) e o ANDREA.
Apesar de poder ser usado com qualquer espécie de planta, os criadores recomendam aquelas que apresentam maior capacidade de absorção de toxinas: Spathiphyllum (ou Paz Lily), Dracaena marginata (ou Dragoeiro Dragão de Madagascar), Chlorophytum comosum (ou Planta Aranha) e a muito conhecida Aloe Vera.
Outro ponto controverso, o uso de um motor, pode ser menos assustador se consideramos o consumo de 9w/h, portanto cerca de 6,5kw/h por mês se ligado 24×7, o que talvez nem seja necessário.
“Hoje as pessoas compram purificadores de ar e depois vão às ruas comprar um vaso”, disse Tom Hadfield do LaboGroup, “achamos que o futuro da purificação do ar interior pode ser algo entre as duas coisas.”
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