sexta-feira, 29 de julho de 2011

Consumidor aceita pagar mais por produtos feitos com energia limpa



Em pesquisa realizada com 31 mil pessoas espalhadas por todo o mundo, mais da metade dos participantes respondeu que aceita pagar mais por produtos feitos a partir de energia limpa. A conclusão é de uma amostragem encomendada pela dinamarquesa Vestas e realizada durante o mês de maio deste ano.

Em outros questionamentos, 90% das pessoas disseram querer mais produtos que utilizam fontes renováveis, e 79% afirmaram que têm um olhar mais positivo para marcas que produzem usando energia eólica.
“O cidadão e o consumidor estão vindo junto como uma nova parte interessada e engajada no desenvolvimento e em poder influenciar a sociedade nos hábitos de consumo”, afirmou o vice-presidente de marketing da Vestas, Morton Albaek. A empresa atua globalmente na fabricação, instalação, operação e manutenção de turbinas eólicas. [Via Jornal da Energia]

Lixeira solar manda e-mail quando cheia



Uma nova tecnologia está sendo testada na Irlanda e na Escócia para minimizar o problema do lixo nas cidades.

Na verdade, não é exatamente uma nova tecnologia, somente uma velha ideia repaginada e “esverdeada” com energia limpa.
Várias cidades já instalaram as ‘Big Belly’, lixeiras computadorizadas, movidas a energia solar. Além de compactarem o lixo, o que as faz armazenar oito vezes mais material do que um compartimento normal de mesmo tamanho, elas ainda enviam um e-mail alertando quando precisam ser esvaziadas.

E tudo isso funciona com apenas oito horas de luz por mês. Segundo o Daily Mail, ela foi criada pela Kyron e custa £3.200 (é…carinha).
A ideia é bem bacana: a lixeira demora mais para ficar cheia, o caminhão de lixo roda menos e só sai para a coleta quando precisa, e há uma divisória para material reciclável.
Só precisa agora contar com a educação das pessoas – afinal, o lixo não vai parar lá dentro sozinho.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Empresa deverá construir nos EUA a maior usina solar do mundo


Brookhaven National Laboratory/ Flickr CC
A National Solar Power criou uma competição para cidades do Sudeste americano. Qual será a premiação? Ser a cidade da “maior fazenda solar do mundo”.
As candidatas ficam nos estados da Flórida, Geórgia e Carolina do Norte. As cidades que disputam a usina terão que mostrar terrenos disponíveis, mão de obra qualificada, apoio da comunidade e, claro, incentivos fiscais.
Quem ganhar, vai  esperar cerca de 6 anos para ver a usina pronta gerando 400MW – o mesmo que uma hidroelétrica pequena/média, embora 34 vezes menos que Itaipu. Para isso serão utilizadas 20 fazendas com 200 acres cada uma, somando mais de 16 km² de área total.
A empresa diz que o projeto vai gerar 400 empregos durante os anos de construção e 120 após a conclusão do projeto. Serão investidos US$1,4 bilhões na usina que deve abastecer cerca de 32 mil famílias.

Que tal usar computadores para se aquecer?



Quando você está no computador e percebe que está frio, o jeito é se agasalhar e até ligar o condicionador de ar para evitar que sua mão congele em cima do mouse, certo? A Microsoft quer mudar isso utilizando o seu PC! Bem, na verdade não o seu, mas um servidor de computação em sua casa.
Grandes servidores de empresas costumam esquentar razoavelmente, até porque, ficam ligados 24×7, então a ideia é: Você aluga uma parte da sua casa para a instalação de um servidor. Nada muito grande e o calor gerado por ele vai servir pra aquecer sua casa. Genial?
A empresa criadora do Windows diz:
Fisicamente, um servidor é uma caixa de metal que converte eletricidade em calor. A temperatura do ar na exaustão (geralmente cerca de 40-50°C) é baixa demais para gerar eletricidade novamente com eficiência, mas é perfeita para aquecimento, incluindo calefação de casas e edifícios, secadoras de roupa, boilers e agricultura.
Infelizmente isso ainda não é perfeito. O próprio estudo feito pela empresa revela que alguns problemas (isolamento elétrico e de dados – conexão de internet e consumo de energia, custariam demais, também surgiriam os problemas “de computador” como gerenciamento remoto, segurança física e virtual).
Pelo visto em casas o sistema não daria certo, mas quem sabe em empresas – principalmente em países onde o frio é mais intenso e os gastos de energia com aquecimento no inverno são significativos.

Desempenho financeiro vs Responsabilidade sócio-ambiental. Quem ganha?



Já falamos sobre como a Governança Corporativa, inicialmente criada para proteger as finanças de uma empresa, ao gerar transparênciaacaba obrigando as empresas a reverem suas ações e ampliarem o pensamento coletivo e sustentável.
Agora a questão que surge é: ações de Responsabilidade Sócio-Ambiental (RSA) costumam demandar recursos financeiros e humanos, então é provável que apenas empresas gigantes, onde “dinheiro não é problema”, as apliquem, e só para usar em propagandas. Será?

O antagonismo entre finanças e RSA não existe. Segundo diversos estudos são justamente as empresas de melhor desempenho financeiro as que mais fazem pelo ambiente e pela sociedade. É o que concluiu, por exemplo, José Renato Kitahara em sua a Dissertação de Mestrado (FEA/USP – 2007) ao cruzar o Balanço Social do IBASE e as finanças das empresas.
Precisamos então entender como isso é possível. Dois grandes fatores devem ser considerados: (1) os custos e economias das ações de RSA; (2) o reflexo na “imagem” da empresa.

Custos são imediatos, economias são duradouras

É interessante notar como, geralmente, as organizações entendem que a atenção ao meio ambiente e à sociedade gera apenas custos, que, afinal, não colaboram para seu produto final ou para a linha azul no final do balanço.
Na prática o que se nota é uma relação diametralmente oposta. Vamos lembrar de alguns exemplos simples:
  • fomentar o uso de papel reciclado, frente e verso, com margens menores, em impressão “econômica”, reaproveitando as folhas que não precisarem ser arquivadas como papel de rascunho;
  • incentivar o uso do computador para anotações e arquivamento de documentos digitalizados, sem a necessidade de impressão;
  • trocar os copos plásticos descartáveis por canecas duráveis;
  • substituir as descargas comuns por descargas de 2 níveis;
  • instalar torneiras com sensor de movimento;
  • utilizar sensores também para luzes de ambientes de passagem e sem pessoal fixo como corredores e depósitos;
Note que são todas práticas fáceis e que geram custos no primeiro momento. O que é preciso perceber, entretanto, é quantas vezes maior será a economia em médio e longo prazo.
Se pensarmos em elementos maiores, ainda dentro da área de preservação ambiental, podemos imaginar o uso de matérias primas menos poluentes em seu processo de extração/transformação/uso/reciclagem. A mudança poderá exigir pesquisa e até o redesenho da linha de montagem, mas pode resultar em uso de materiais mais baratos, leves e duráveis.
A instalação de tratamento e reaproveitamento de água e resíduos em indústrias, que igualmente provocam investimento inicial, se pagam ao longo do tempo. Painéis solares, turbinas eólicas e outras formas de geração de energia, também gerarão redução de custos no longo prazo. Iluminação incandescente ou por LEDs, idem.

A mesma regra é válida para as ações sociais: oferecer cursos de formação, contratar moradores locais, incentivar a mistura de etnias e credos nos grupos de trabalho, são algumas ações em princípio custosas, mas que gerarão funcionários mais bem treinados e especializados, com maior ânimo, gerando ideias diferentes e criativas.

Ganhos na imagem

Se os custos de ações sócio-ambientalmente responsáveis já costumam se pagar em médio ou longo prazo pelos resultados diretos,é incalculável o reflexo que elas podem gerar na imagem da empresa frente aos clientes, acionistas, fornecedores, instituições governamentais e sociedade em geral.
Seja na hora de realizar uma venda, lançar papéis no mercado, atrelar o nome aos demais componentes da cadeia produtiva, solicitar subsídios ou empréstimos, todos, em menor ou maior escala, estão de olho no que aquela marca representa, positiva ou negativamente.
Como costumo ressaltar, acredito que veicular as ações de sustentabilidade como vantagem de uma empresa é sim positivo.
Se, por exemplo, duas companhias fabricam refrigerantes, mas uma delas tem logística reversa para reciclagem das garrafas, que mal há em divulgar a ação ambientalmente correta? A empresa pode ter iniciado a campanha com o único propósito de economizar com matéria prima, mas se o reflexo é positivo para a Natureza ou para a sociedade, ótimo, todos ganham.
É certo que há empresas com uma ação positiva muito bem divulgada para cada 30 negativas bastante escondidas, por isso cabe aos órgãos governamentais regulamentarem, às ONGs apontarem, à sociedade denunciar.
Sinceramente, prefiro um mundo em que todas as empresas tenham pelo menos uma ação sustentável do que um onde isso é tão raro que serve de diferencial competitivo, mas… ei! isso é o que acontece hoje.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Governança Corporativa e Sustentabilidade. Ou, como a transparência é verde


A competitividade dos negócios e da busca por investidores vem provocando ao longo dos últimos anos uma mudança significativa na forma deagir e pensar coletivamente dentro das organizações.
O modelo tradicional visando fortemente o lucro às custas do que quer que fosse deixa de ser aceito pelos diversos stakeholders:

  • Funcionários não se sentem confortáveis ao trabalharem em empresas cujas ações possam piorar a vida de outras pessoas ou prejudicar o meio ambiente;
  • Clientes se tornam avessos a produtos cujas fábricas provoquem danos ambientais ou se utilizem de mão de obra inadequada;
  • Fornecedores não querem suas marcas vinculadas a tais tipos de empresas;
  • Governos, preocupados com o futuro da população e da Natureza, exigem práticas adequadas, reparações e investimentos em ações sócio-ambientais;
  • Por essas e outras razões, acionistas passam a pressionar a administração das empresas, afinal, com funcionários desmotivados, clientes avessos, menos fornecedores e pressão governamental, não existe negócio que sobreviva.
Para que tais questões fossem solucionadas, tanto as práticas de Responsabilidade Sócio-Ambiental (RSA) quanto a Governança Corporativa se tornaram aliados da administração e, apesar de diferentes em forma, estão bastante correlacionados.

Transparência força boas ações

Enron e Worldcom quebraram em 2001 levantando a questão das fraudes contábeis e fiscais. Foi um dos aceleradores da Governança Corporativa. Foto: James Nielsen/Getty Images
Governança Corporativa vem justamente como forma de melhorar as relações entre os diversos atores que envolvem a organização e isso se dá, em grande parte, através da transparência e da prestação de contas.
Diversos relatórios, geralmente com formatos pré-estabelecidos, são gerados para que toda a sociedade tenha conhecimento das ações da empresa e seus planos para o futuro, e, se há transparência, é bom que o que será mostrado agrade aos que lerão, por isso, práticas antes limitadas aos bastidores, precisam ser alteradas para que sejam bem aceitas.
Outro aspecto importante da Governança Corporativa é a participação, seja de acionistas minoritários, seja de representantes de classe, do próprio governo, enfim, da sociedade.
Este fator também reforça a orientação às práticas de responsabilidade social e empresarial uma vez que são atores mais preocupados com oreflexo total da empresa na sociedade e menos à busca pelo retorno financeiro.

Foco no Individual vs Foco no Coletivo

É interessante notar como as pessoas, individualmente, vivenciaram nas últimas décadas uma mudança drástica na estrutura familiar, base inegável de formação da consciência ética, dos valores, da moral e da cultura.
Cada vez em unidades menores e mais fechadas, e atualmente em núcleos muitas vezes restritos a pais com filhos, apenas casais ou mesmo pessoas solteiras, o que antes servia para a formação de um pensamento coletivo foi se transformando em foco no individual e nas conquistas pessoais.
Tal elemento se torna relevante a partir do momento em que essas pessoas tomam decisões em empresas e passam a pensar apenas no retorno imediato e individual e não nos reflexos a todos aqueles que o rodeiam e ao meio ambiente. É aí que a Governança Corporativa se mostra positiva, pois com mais pessoas e grupos participando, torna-se mais plausível o foco na coletividade, o pensamento para além das fronteiras da organização.

Bom para nós, bom para os negócios

Notando, portanto, o ganho gerado por ações positivas que compreendam desde o uso do papel reciclado à logística reversa dos produtos, passando pela exploração correta dos recursos naturais e respeito pela sociedade, é imperativo às empresas que trabalhem com Responsabilidade Sócio-Ambiental.
Além disso é extremamente justo que divulguem suas ações ao público, o que em nada diminui seus feitos, pois quanto mais as pessoas se utilizarem disso como fator decisivo para a compra, mais as empresas se verão obrigadas a adequar-se aos melhores padrões.
O que se pode notar é uma inicial preocupação financeira como motor da Governança Corporativa, tentando dar voz aos acionistas minoritários, inibir fraudes, evitar conflitos com órgãos governamentais e reguladores ou desrespeito às leis, mas que acaba por refletir em umaadministração voltada para o coletivo, para a igualdade entre as pessoas, para o compromisso com o futuro, notadamente característicos da RSA.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Nokia expõe homem-celular por reciclagem na China



Nokia sempre se destaca nos rankings verdes de empresas do setor eletrônico, então já era de se esperar que uma iniciativa assim viesse da finlandesa.
Na China, a gigante lançou uma campanha curiosa para dar um fim mais adequado aos gadgets. Ao entregar seu celular velho em um dos pontos de coleta você ganha ingresso para o cinema.
Pode parecer pouco, mas estamos falando de aparelhos que já não funcionam mais, porque caso funcionem você sempre tem a opção de vender, mesmo que barato, ou dar para um amigo ou parente que queira.

Os aparelhos então são montados em um boneco, como esse aí em cima, que tem o tamanho de uma homem real vestindo centenas de velhos nokias e seus acessórios. Expostos pela cidade, os homens-celulares servirão para alertar sobre a necessidade de reciclagem aos ávidos consumidores chineses.

MIT pesquisa combustível solar



Normalmente quando se fala em energia solar, logo se pensa em painéis fotovoltaicos ou em sistemas de aquecimento de água, mas pesquisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology) estão trabalhando em uma tecnologia diferente: um tipo de combustível solar recarregável.

Grosso modo, é uma substância que muda sua estrutura molecular quando exposta ao sol, absorvendo energia térmica no processo que só é liberada com um catalisador específico. Quando esse catalisador é usado, a substância libera calor (pode chegar a 200º C) e volta ao seu estado inicial, pronta para ser “carregada” novamente.
Na prática, explica Jeffrey Grossman, um dos responsáveis pela pesquisa, é como “uma bateria solar recarregável”. Ele diz ainda que a tecnologia tem muitas das vantagens do aquecimento solar, com o diferencial de poder armazenar a energia por anos em uma substância estável, que libera o calor à medida que é necessário.
A ideia de um combustível solar vem desde os anos 70, mas só em 1996 foi possível encontrar um composto capaz de alternar confiável e estavelmente entre o estado inicial e o energizado. Mas aí, outro problema. A tal substância, chamada fulvalene diruthenium, contém Rutênio, um elemento químico tão raro quanto caro, e, mais importante, ninguém sabia ao certo como ela funcionava para tentar uma substituição.
E foi exatamente essa a descoberta do grupo de pesquisa do MIT. Eles conseguiram entender como a fulvalene diruthenium absorve a energia e se mantém estável. Ao contrário do que se pensava, não há só os estados inicial e energizado. “Descobrimos que há um estágio intermediário que desempenha um papel essencial”.
A “novidade” explica como a substância é estável e porque nenhuma substituição do Rutênio havia funcionado. Com a descoberta, é muito mais possível achar uma alternativa economicamente viável para o elemento.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Pesquisadora diz que Antártida já foi paraíso tropical por conta do aquecimento global



Jane Francis é uma pesquisadora do Colégio de Meio Ambiente da Universidade de Leeds, no Reino Unido. Segundo a cientista, o bloco de gelo mais querido do planeta já foi muito mais “vivo” sendo uma região de clima quente e fauna rica em boa parte dos últimos 100 milhões de anos.
O clima tropical, de acordo com a pesquisa, era motivado pelos altos índices de dióxido de carbono na atmosfera terrestre. A pesquisadora britânica em entrevista à BBC diz que “Era assim há cerca de 40 milhões de anos. Durante a maior parte da história geológica da Antártida, a região estava coberta por bosques e desertos, um lugar que tinha um clima quente. Muitos animais, incluindo dinossauros, viviam na região. Foi no passado geológico recente que o clima esfriou.”
Ela completa dizendo que “Se continuarmos emitindo grandes quantidades de dióxido de carbono, esquentando o planeta, poderíamos chegar à mesma situação em que voltariam a aparecer animais e bosques na Antártida”.
Lógico que aquecer o Planeta está longe de ser uma coisa boa para a vida nele. A própria cientista diz que no passado o aquecimento foi natural e hoje ele é acelerado por interferência humana, por isso os animais e plantas não tem capacidade de se adaptar com o clima mais quente.
Jane Francis ainda acredita que a humanidade pode se concentrar para tomar atitudes mais “verdes” e evitar o aquecimento global acelerado – queremos a Antártida branca por mais tempo.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Participe da super Feira e Congresso FIBoPS



FIBoPS (Feira Internacional para Intercâmbio das Boas Práticas Socioambientais) terá dezenas de eventos em diversos ambientes simultâneos nos dias 26, 27 e 28 de Julho de 2011 (próxima semana) no Centro de Eventos São Luíz, na Consolação, em São Paulo/SP.
Para o Congresso, que conta com palestrantes altamente renomados, você precisará de convites, e nós vamos sortear 2!

Para garantir o seu e ter acesso aos Congressos dos dias 26 e 27 de Julho/2011 existem duas formas – você pode escolher uma, ou as duas para ter mais chances:
  • Deixar um comentário nesta página mesmo, alí em baixo, dizendo “Eu quero participar da FIBoPS por conta do eco4planet” (use um e-mail real para comentar pois é por ele que lhe contactaremos – lembrando que seu e-mail não é publicado)
  • Curtir” ESTA publicação no Facebook (você precisa antes ter curtido a página do eco4planet no Facebook e caso não tenha feito isso ainda, aproveite o botão aí embaixo)
Pronto, você já está concorrendo e o sorteio rola nesta sexta-feira (22/07/11), quando divulgaremos o resultado.
FIBoPS é moderna, inovadora e trouxe para o cenário da responsabilidade socioambiental um espaço qualificado para a troca de informação e experiências entre as empresas, governo e terceiro setor.
Todos os detalhes você encontra no site oficial e, nas palavras dos organizadores:
Sua programação atrairá para o ambiente da exposição um público especializado, formador de opinião e participante da extensa cadeia de valor que já se formou em torno das atividades ligadas à questão da sustentabilidade, nas suas dimensões econômica, social, ambiental e cultural.
A feira ainda irá promover a neutralização das emissões geradas pela realização do evento e será realizada com o conceito de Resíduo Zero, promovendo a reciclagem e a compostagem de forma didática.
O formato do evento prioriza o intercâmbio e a inovação: Mostra Tecnológica, Congresso, Benchmarking (Nacional e Internacional), Salas do Conhecimento e Técnica, Ilhas de Sustentabilidade, Espaço Gourmet e Lúdico Cultural, entre outros.
A FIBoPS 2011 será uma revolução no conceito de interatividade e empreendedorismo, reunindo em um único local, práticas, produtos, serviços, e conteúdos especializados no maior intercâmbio de sustentabilidade já visto.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Imóvel com selo verde no Rio terá desconto de IPTU

Fonte: O Globo - 18.07.2011
Rio de Janeiro - A prefeitura do Rio está finalizando os estudos para apresentar à Câmara dos Vereadores um projeto de lei que visa a estimular a construção e a reforma sustentáveis de imóveis - ou seja, reaproveitando materiais ou usando técnicas para reduzir o consumo de água e energia. Segundo a proposta, a adesão ao certificado municipal batizado de Qualiverde dará direito a incentivos fiscais, como redução dos valores de IPTU, ITBI e ISS.

A minuta do projeto foi elaborada por técnicos das secretarias municipais de Urbanismo e Meio Ambiente. Eles listaram 28 medidas voltadas para a sustentabilidade - cada item terá uma pontuação - que podem ser empregadas em quatro categorias (fase de projetos e obras, gestão da água, eficiência energética e conforto térmico).

Coleta seletiva de lixo garantirá maior pontuação
O conceito de cada item do empreendimento poderá variar de 1 a 20 pontos. Iniciativas mais simples e de menor custo, como a instalação de sensores de presença em cômodos, terão pontuações menores. Quanto mais complexas forem as soluções, maior será o conceito.

O projeto inclui medidas para estimular a coleta seletiva. Um empreendimento que conte com esse serviço terá maior pontuação que outro sem ele. O mesmo critério valerá, por exemplo, para um sistema de ventilação natural de banheiros ou de aquecimento solar da água.

O selo verde municipal terá duas versões. A mais simples é o Qualiverde, para os projetos que somarem 70 pontos. Já o Qualiverde 100 exigirá a pontuação máxima, mas os incentivos fiscais serão maiores.

"Em países europeus, práticas sustentáveis já estão incorporadas aos projetos. A gente, porém, tem que levar em conta a realidade brasileira. Essas medidas podem elevar os custos das construções em 10% a 20%. Nem sempre os compradores estão dispostos a pagar por isso, mesmo sabendo que a longo prazo vão economizar no consumo de energia e água, por exemplo", diz o secretário municipal de Urbanismo, Sérgio Dias.

A expectativa da prefeitura é que o projeto seja aprovado ainda este ano. O objetivo é apresentar o Qualiverde na Conferência da ONU para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+ 20), a ser realizada em junho do ano que vem, como um exemplo de legislação a ser aplicada em cidades de países emergentes.

"A expectativa é que as construtoras se engajem e apresentem projetos sustentáveis. O impacto eventual de uma perda de receita poderá ser compensado com a valorização dos imóveis certificados", observa o secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz.

A adesão das construtoras ao Qualiverde será opcional. Os projetos tradicionais, sem direito a incentivos, terão apenas que cumprir duas exigências de práticas sustentáveis já previstas pela legislação da cidade.

Projetos sustentáveis terão prioridade em análises

Uma delas é a instalação de sistemas de captação de águas de chuva para reúso. A segunda medida entrou em vigor este ano e torna obrigatória a instalação de hidrômetros individuais em novas construções.

"Mas os projetos sustentáveis terão prioridade na análise pela prefeitura. O compromisso é emitir um parecer sobre os benefícios fiscais em dez dias. Para os projetos tradicionais, continuará a valer o prazo de 30 dias", explicou o secretario Sérgio Dias.

Os descontos para os projetos verdes dependem da conclusão de estudos da Secretaria mMunicipal de Fazenda sobre o impacto que terão na receita da prefeitura. No momento do habite-se ou até mesmo em vistorias nas obras, fiscais vão verificar se o projeto seguiu a proposta original. Se estiver em desacordo, a prefeitura cobrará administrativamente ou em juízo o que deixou de recolher em tributos.

"A mesma regra valerá para o desconto no IPTU após o fim da obra. A proposta é conceder o benefício a cada cinco anos, renováveis. Se o imóvel for descaracterizado, mesmo em uma única unidade, ele perde o benefício", acrescentou Dias.

Franceses criam purificador de ar através de plantas

Muito antes das aulas de biologia, você deve ter aprendido com a “tia de Ciências” que as plantas purificam o ar. Esse é um dos motivos pelos quais ter plantas, inclusive em ambientes fechados, é uma boa ideia, e para remover as toxinas do ar com um estilo todo especial, designers franceses criaram “Andrea”, o vaso-purificador.
Inventado a pedido da empresa Le Laboratoire pelo designer Mathieu Lehanneur com a colaboração do professor de Harvard, David Edward, o purificador seria apenas uma peça sem fins comerciais, mas considerada a “Invenção do Ano” pela respeitada revista americana Popular Science em 2008, passou a ser vendido na Europa no final de 2009 e nos EUA em janeiro do ano seguinte.
Como representado acima, Andrea é ligado na tomada para que um ventilador mecânico puxe o ar para fora pela lateral do dispositivo, forçando a entrada de mais ar pelas aberturas superiores, criando assim um fluxo contínuo de vento. A única manutenção a ser feita é a reposição de água na gaveta da base do aparelho.
O processo metabólico da planta é capaz de absorver gases tóxicos, inclusive alguns considerados cancerígenos pela OMS, como formaldeídos, pentaclorofenol e tricloroetileno.
Devo dizer que estava cético sobre a necessidade de algo assim no lugar de um simples vaso com planta, mas o gráfico abaixo dá uma ideia da diferença entre a planta sozinha (“plant alone”), um dispositivo de função similar criado pela NASA (art. X. 1988. Science) e o ANDREA.
Apesar de poder ser usado com qualquer espécie de planta, os criadores recomendam aquelas que apresentam maior capacidade de absorção de toxinas: Spathiphyllum (ou Paz Lily), Dracaena marginata (ou Dragoeiro Dragão de Madagascar), Chlorophytum comosum (ou Planta Aranha) e a muito conhecida Aloe Vera.
Outro ponto controverso, o uso de um motor, pode ser menos assustador se consideramos o consumo de 9w/h, portanto cerca de 6,5kw/h por mês se ligado 24×7, o que talvez nem seja necessário.
“Hoje as pessoas compram purificadores de ar e depois vão às ruas comprar um vaso”, disse Tom Hadfield do LaboGroup, “achamos que o futuro da purificação do ar interior pode ser algo entre as duas coisas.”

terça-feira, 19 de julho de 2011

Custo de energia eólica caiu no Brasil

Agência Brasil – A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou que desde maio – quando o Brasil atingiu pela primeira vez 1 gigawatt por hora (GWh) de energia eólica – a geração só vem crescendo e atualmente os ventos estão produzindo 1,073 GWh.
O volume se aproxima do potencial da Usina Angra 2 (que tem capacidade de 1,35 GWh), e pode abastecer uma cidade com 1,5 milhão de habitantes.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), o aumento reflete a procura dos últimos anos por energia limpa, já que a força dos ventos é menos poluente que outras fontes. Isso fez com que os custos de geração, como a instalação e a compra de equipamentos diminuíssem, tornando a alternativa mais competitiva, segundo o diretor executivo da associação, Pedro Perrelli.
“A energia eólica não emite gás [do efeito estufa], não usa água doce nem para limpeza, nem para resfriamento, e a instalação de uma usina causa um impacto ambiental muito pequeno, que em dois ou três anos, é recuperado”, disse. “Essas preocupações se refletiram no aumento da procura, que barateou os preços, como ocorre com produtos eletrônicos”, completou.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estima que a comercialização de energia eólica nos leilões nos dois últimos anos, impulsionou o setor, que hoje é responsável por 1% da matriz energética brasileira. Segundo a EPE, as contratações fizeram com que a produção de energia gerada dos ventos saltasse de cerca de 30 megawatt por hora (MWh) para os atuais 1 GWh, entre 2005 e 2010.
Com a meta de ampliar ainda mais o percentual de fontes limpas na matriz, o governo aposta no crescimento do setor nos próximos dez anos. A meta do Plano Decenal de Expansão de Energia é que até 2020, quando o país deverá gerar cerca de 171 GWh, a participação da energia eólica na matriz suba para 7%, enquanto a oferta de energia hidráulica diminua de 76% para 67%.
Embora o preço da energia eólica vem se tornando mais competitivo ao longo dos anos, passando de uma média de R$ 160 para R$ 147 por MWh entre 2009 e 2010, o diretor da Abeeólica disse que, nos dias de hoje, a energia eólica só não é tão competitiva em termos de preço com o que é gerado nas hidrelétricas (R$ 95 por MWh). E defende que os sistemas sejam usados de forma complementar.
“É necessário [ter hidrelétricas] porque na época de mais chuva, é quando venta menos. E quando os rios estão mais vazios, é quando venta mais “, explicou Perreli. Porém, ressaltou que o impacto da instalação de uma usina eólica poder ser menor dentro de um terreno do que o de uma grande hidrelétrica, apontada também como fonte de energia limpa e renovável.
“Na área onde se explora o potencial eólico, a usina utiliza 3% da área, que não é desapropriada. Normalmente, é feito um contrato de aluguel com os donos, sejam índios, pescadores, quilombolas ou fazendeiros. Traz uma renda adicional que permite implementar o negócio”, disse.
Como crescimento do setor, para que os preços se tornem ainda mais competitivos, a associação defende que seja investido mais em linhas de transmissão adequadas.

Empresa energética oferece eletrodomésticos novos para usuário de baixa renda

Fonte: A Crítica - 17.07.2011
Amazonas - Mais seis mil geladeiras velhas serão substituídas este ano por outras com baixo consumo energético pela Eletrobras Amazonas Energia. Serão trocadas cinco mil geladeiras em 72 localidades (sedes de municípios e comunidades) e outras mil em Manaus até o fim do ano.

A iniciativa faz parte do programa de Eficiência Energética iniciado em 2000 pelo governo federal e renovado em 2009 com o objetivo de baixar o consumo de energia e estimular o setor de eletrodomésticos, afetado pela crise financeira do ano anterior.

Nos últimos dez anos, no Amazonas foram substituídas 10.679 geladeiras obsoletas por geladeiras com Selo Procel (uma Consul com capacidade para 260 litros), de clientes da concessionária, residentes em bairros da periferia de Manaus e nos municípios de Iranduba, Manacapuru e Itacoatiara.

Também foram trocadas 223.774 lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas, de acordo com o assessor do departamento de pesquisa e desenvolvimento em eficiência energética da Eletrobras Amazonas Energia, Benjamin Cordeiro.

A técnica contábil Maria Aparecida Quintino Mendes, 48, foi uma das consumidoras atendidas pelo programa. Com a troca da sua geladeira antiga, com mais de dez anos de uso, por uma novinha, em abril, ela conseguiu reduzir o valor da conta de luz em quase 50%.

Segundo Aparecida, ela pagava de R$ 90 a R$ 110 na conta e agora paga de R$ 50 a R$ 53. “Com a economia, estou conseguindo pagar minhas dívidas e até guardar um pouquinho para comprar material de construção para terminar minha casa”, contou a moradora do Nova Esperança 2, Zona Oeste.

A dona de casa Raimunda Lima de Souza, 49, também foi uma das contempladas. Ela mora no bairro Zumbi, Zona Leste, e no início do ano passado foi surpreendida com a visita dos funcionários da concessionária, dizendo que ela tinha sido contemplada.

Três meses depois de tirarem fotografias e colocar um adesivo na geladeira antiga, os funcionários levaram o novo aparelho para dona Raimunda. “Era uma geladeira do tempo do ronca e o motor dela era igual ao de um barco. Com essa troca, minha conta de energia baixou bastante”, contou.

Entrega

O refrigerador é entregue na casa do consumidor sem custo adicional para ele. Para participar do programa, a residência deve ter ligação monofásica, ser de baixa renda e encontrar-se adimplente junto à concessionária. “A partir de então, é gerado um relatório das residências com esse perfil e um funcionário vai ao local”, contou Benjamin.

Da geladeira velha é recolhido o gás, o óleo do compressor, a espuma da carcaça e o restante é destruído e descartado, conforme a resolução 267/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente. As lâmpadas incandescentes também são recicladas.

De acordo com a concessionária, com base nas medições realizadas por amostragem, algumas geladeiras apresentaram uma demanda média de 130 W para o compressor. A geladeira nova apresenta média de 90 W. Já o consumo varia conforme o estado de conservação do aparelho e hábito do consumidor no seu manuseio.

“Abertura da porta por tempo prolongado ou várias vezes durante ao dia, borrachas de vedação desgastadas ou usar a parte de trás da geladeira como secador influencia no consumo”, adverte o assessor.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Estudante brasileiro desenvolve sistema para tratar a água com energia solar

Tratamento de água é algo que é cada vez mais necessário, mas isso gasta muita energia e acaba prejudicando o planeta. Ou gastava. Já que o estudante de engenharia elétrica Leonardo Lira, da Universidade Federal de Goiás, criou um sistema que retira as impurezas da água e só utiliza a energia da nossa estrela favorita.
 
O sistema funciona assim: O próprio Leonardo pegou cinco tábuas de compensado, as revestiu com papel alumínio e criou uma caixa sem tampa de um metro quadrado, aproximadamente. Isso é usado para concentrar a luz do sol. Dentro da caixa ficam quatro garrafas PET transparentes de dois litros cada uma. Em cada garrafa fica a água para tratamento armazenadas entre 3 a 6 horas. A água chega ao 70ºC e elimina bactérias, vírus e outras substâncias “sujas” e depois fica limpa.
Leonardo fez o teste com amostras de cinco casas que não tem água encanada e tratada. A companhia Saneamento de Goiás S/A fez uma pré-analise e informou que, após 3 horas dentro do concentrador, a água ficou limpa de coliformes fecais, rotavírus e outros organismos.
“Nosso foco era gastar o mínimo de energia possível sem passar por fervura, e, assim, não precisar de gás e evitar a emissão de poluentes”, explica o criador do projeto.
Outro ponto importante do projeto é o preço. Por ele ser barato pode ser aproveitado por várias comunidades carentes que precisam de água tratada.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

MIT desenvolve célula solar de baixo custo

Pesquisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology) desenvolveram uma tecnologia que permite imprimir células de energia solar em papel, tecido e plástico com um custo baixo.
De acordo com o site da instituição, a maioria das técnicas análogas usadas até então envolviam condições inóspitas, como líquidos e altas temperatura, o que tornava necessário o uso de materiais caros (que chegam a custar até duas vezes mais que as células em si).
Como a tecnologia recém-criada pelos pesquisadores do MIT usa vapor e não expõe o material a temperaturas acima de 120º Celsius, é possível usar papel comum, roupas e até plástico PET (o mesmo das garrafas de refrigerante) como base.
Outra característica interessante é que a folha de células pode ser dobrada sem ter seu desempenho afetado. Durantes os testes, os cientistas chegaram a dobrar a mesma folha mil vezes e a quantidade de energia gerada não mudou significativamente.
A eficiência energética da tecnologia ainda está em cerca de 1% (para comparação, a da maioria dos painéis fotovoltaicos disponíveis comercialmente é em torno de 12% e a de geradores a diesel, por volta de 40%), mas seus criadores acreditam que podem melhorar o número com ajustes nos materiais

Especialista vê falta de etanol até a Copa

Até a Copa do Mundo de 2014, o Brasil vai continuar enfrentando problemas de desabastecimento de etanol.
Essa é a opinião do engenheiro agrônomo Edgar Gomes Ferreira de Beauclair, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), que coordena um grupo de estudos sobre cana-de-açúcar.
Em entrevista à Agência Brasil, Beauclair disse que a produção de etanol não consegue atender ao mercado e que investimentos no setor, mesmo se forem feitos e ampliados imediatamente, só começarão a dar retorno em, no mínimo, três anos. “Infelizmente, não há solução a curto prazo. Não se soluciona essa situação em menos de um ano. A normalização [do abastecimento do mercado], se medidas forem tomadas imediatamente, viria a ocorrer nos próximos três ou quatro anos. Possivelmente, nas Olimpíadas [de 2016, no Rio de Janeiro] estaríamos com uma situação melhor. Mas até a Copa do Mundo de 2014 nós vamos ter esse problema”, disse o professor.
Ele ressaltou que a necessidade é de “investimentos pesados” para que, no prazo mínimo de quatro anos, o Brasil possa exportar etanol.
Para este ano, a estimativa do professor é que volte a faltar combustível. “O etanol poderia estar agora com maior pressão de oferta, já que estamos em plena safra. No entanto, isso não está acontecendo. Já está havendo estocagem do produto para a entressafra. Esses preços devem se manter durante o ano inteiro. Não vai voltar mais a R$1,10 [por litro] ou R$ 1,20 justamente para inibir um pouco essa demanda e permitir que haja estocagem. Mas, ainda assim, nas minhas contas, vai faltar cana e, faltando cana, vai faltar etanol”.
A solução para o setor, de acordo com o acadêmico, passa pela ampliação dos investimentos no setor sucroalcooleiro e por uma política pública energética para atrair o investidor. “Se o desejo é que a oferta aumente, é preciso criar condições para que as pessoas que têm capital se decidam a colocar esse dinheiro no setor de produção”, explicou.
A estimativa da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) é que a produção de açúcar deve atingir 32,38 milhões de toneladas na safra atual (2011/2012), queda de 3,35% em comparação à safra passada. A produção de etanol deve atingir 22,54 bilhões de litros, queda de 11,19% sobre os 25,38 bilhões de litros destilados na safra anterior.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Curitiba é a cidade mais verde da América Latina

A cidade de Curitiba, capital do Paraná, obteve  a distinção de metrópole mais verde entre outras 17 da América Latina, segundo um estudo sobre meio ambiente apresentado pela empresa alemã Siemens e a unidade de estudos da revista britânica The Economist, afirma o Estadão .
“Esse título tem muitos significados, mas apenas uma origem: a capacidade que os curitibanos vêm demonstrando, ano após ano, de adotar uma agenda sustentável de maneira consciente e consistente”, disse o prefeito Luciano Ducci, no México, ao recebeu o troféu do presidente mundial da Siemens, Peter Löscher, pelo desempenho de Curitiba no Green City Index.

O novo índice considerou as variáveis de eficiência energética e emissões de dióxido de carbono (CO2), uso do solo e edifícios, tráfego, resíduos, água, situação das águas residuais, qualidade do ar e agenda meio ambiental de governo.

A capital paranaense ficou à frente de Buenos Aires, Santiago, Medellín, Bogotá, Quito, Guadalajara, Monterrey, Puebla, Cidade do México, Lima, Montevidéu, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.

A Siemens contratou a Economist Intelligence Unit (Unidade de Inteligência da Economist) para desenvolver o Green City Index. É o primeiro estudo já feito na América Latina sobre cidades e sustentabilidade com essa amplitude.

Fonte: eco4planet

Transição para economia verde é mais fácil nos Países Menos Desenvolvidos, aponta relatório da ONU

Durante a Quarta Conferência da ONU sobre Países Menos Desenvolvidos (PMD), na Turquia, a Organização lançou um relatório que aponta novas oportunidades oferecidas pela economia verde que podem ajudar os PMD a alcançarem os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).
Intitulado “Porque a Economia Verde é importante para os Países Menos Desenvolvidos”, o documento foi elaborado em conjunto pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) e pelo Escritório do Alto Representante dos Países Menos Desenvolvidos, Países em Desenvolvimento Sem Litoral e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (UN-OHRLLS).
No relatório, as agências afirmam que os países menos desenvolvidos têm melhores condições de desenvolver uma economia sustentável do que países mais industrializados, por serem menos dependentes dos combustíveis fósseis e por poderem expandir as atividades de economia sustentável já existentes, como trabalho intensivo de agricultura e o manejo florestal comunitário.
“A mudança para uma economia verde global pode colocar os PMDs em uma posição vantajosa se as políticas corretas forem colocadas em prática nacional e internacionalmente. Políticas que acelerem seu desenvolvimento ao invés de restringi-lo, que valorizem o investimento e o reinvesti mento nos recursos naturais e nas indústrias com baixa emissão de gás carbônico, juntamente com o bem-estar e com a igualdade social”, afirmou o Diretor Executivo do PNUMA, Achim Steiner.
De acordo com o Conselho Executivo da ONU, os próprios PMDs já apontaram algumas áreas em que mais necessitam ajuda. Dentre elas estão: a garantia do acesso universal a serviços essenciais; o avanço das questões dos direitos humanos e do estado de direito; garantia da segurança alimentar; redução das disparidades e promoção da igualdade; e melhoria da capacidade de lidar com as consequências das mudanças climáticas.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Os Dez Mandamentos do Amigo do Planeta

1. Só Jogue Lixo no Lugar Certo
O lixo que jogamos em qualquer lugar volta para nossa casa através de ratos, moscas, mosquitos que trazem doenças, além de tornar onde vivemos um lugar feio e desagradável. Cada pessoa produz por dia cerca de meio quilo de lixo. Multiplique isso pela população de sua cidade para ter idéia do tamanho do problema. Custa muito dinheiro de impostos para limpar as ruas, praças, praias, dar destino final ao lixo. Dinheiro que podia estar sendo usado para outras obras e serviços para a melhoria da cidade. A cidade, a escola, a casa mais limpa não é a que mais se varre, é a que menos se suja! Um Amigo do Planeta só joga seu lixo nos locais apropriados, ou guarda no bolso e traz para colocar na lixeira ou reciclagem da própria casa. 
2. Poupe Água e Energia 
 A água não sai da parede. Ela vem de rios e mananciais que estão sendo agredidos pela poluição e pelo desmatamento, o que torna a água potável cada vez menos disponível, e eleva seu custo de tratamento. A energia também não sai da parede. Para ser gerada é preciso afogar rios e terras férteis, deslocar populações, ou usar recursos não renováveis como petróleo e carvão ou criar riscos e lixo perigoso como o nuclear.

3. Não Desperdice 
 Escolha consumir o necessário. Resista ao modismo que nos obriga a trocar de carro, roupa, bens. Além de gastar dinheiro desnecessariamente, desperdiçamos recursos naturais, poluímos o Planeta. Diga não a produtos supérfluos ou feitos para durar pouco; ou que gastem muita energia ou água; ou que contaminem o meio ambiente; ou descartáveis cujas embalagens não retornam aos fabricantes. Escolha usar sacolas de pano e caixas para suas compras. Evite as sacolas de plástico. Escolha alimentos e produtos naturais e evite os industrializados

4. Cuide dos Animais e Plantas 
Os animais – assim como as plantas (“A Vida Secreta das Plantas”) - sentem dor, têm emoções, sofrem. Eles tem tanto direito à vida, à liberdade, ao bem estar quanto nós. Seja responsável com os animais e as plantas sob sua responsabilidade. Não deixe que sofram desnecessariamente, cuide para que tenham água, alimento, conforto. Recuse a se divertir em rodeios e circos com a dor e o sofrimento dos animais. Recuse produtos e alimentos que não respeitam a dor e o sofrimentos dos animais. Empreste sua voz às plantas e animais que sofrem por que eles não tem como se defender.

5. Cuide das Árvores 
 Ajude a defender as árvores e florestas existentes. Denuncie as agressões. Plante novas árvores e cuide delas com carinho e respeito. Recuse comprar madeiras e móveis que não comprove a origem ecologicamente correta e legal. Utilize os dois lados da folha de papel. Faça coleta seletiva em sua casa e encaminhe o papel para reciclagem.

6. Não Polua  
 Use o menos possível o automóvel, programando suas saídas. Ele provoca poluição do ar, gasta combustível, agrava o efeito estufa, engarrafa o trânsito. Acostume-se a ouvir música sem aumentar muito o volume do som. Som alto provoca poluição sonora. Reveja seu comportamento, suas atitudes em casa, no trabalho, na comunidade e mude o que estiver provocando poluição ou degradação ambiental. Não espere que alguém venha fazer isso por você. Faça você mesmo.

7. Coleta seletiva de lixo  
Lixo não existe. O que chamamos de lixo é matéria prima e recursos naturais misturados e fora do lugar. A reciclagem devolve estes recursos para fabricar novos produtos retirando menos da natureza, além de economizar mais água e energia, e aumentar a vida útil dos aterros sanitários. Mantenha duas vasilhas em sua cozinha, uma para o MATERIAL SECO (inorgânico: papel, plástico, metal, vidro) e outro para MATERIAL ‘MOLHADO’ (orgânico: restos de comida, cascas de frutas etc.). Acumule o material seco numa vasilha maior e regularmente encaminhe à reciclagem. Se não houver coleta de lixo seletivo em sua comunidade encaminhe um abaixo-assinado às autoridades. Enquanto isso, procure doar seu material para quem faz reciclagem O material ‘úmido’ pode virar adubo e servir para alimentar animais. Cultive uma horta mesmo que em vasos e caixas e faça uma composteira mesmo que pequena, numa caixa.

8. Conheça e conviva com a natureza  
 Mantenha o contato com a natureza. Faça passeios na floresta, tome banho de cachoeira, vá à praia, contemple o por-de-sol, a lua cheia. Coloque os pés no chão. Cultive uma horta, um jardim. Estude e leia mais sobre a natureza, mesmo que não seja tarefa da escola. Quanto mais você souber, melhor poderá agir em sua defesa. Procure no dicionário palavras como saúde do trabalhador, reciclagem, reaproveitamento, habitat, biodegradáveis etc. Faça um álbum de recortes com figuras de animais e plantas.

9. A natureza não vota e nem se defende. Faça você por ela!  
 Mesmo sozinho você pode denunciar as agressões ambientais. Escreva às autoridades, ao SAC – Serviço de Atendimento ao Consumidor de empresas, às autoridades, aos políticos, à imprensa. Participe de campanhas pela internet ou pessoalmente. Na hora de votar, escolha representantes comprometidos com a causa ambiental e acompanhe o mandato. Escreva a ele com sugestões e críticas que melhore a atuação na defesa do meio ambiente. Participe de atividades voluntárias e de alguma organização da sociedade civil sem fins lucrativos em sua comunidade.

10. Crie um clube de amigos do planeta na escola, ou associação! 
 A escola ou associação de moradores pode oferecer aos alunos e cidadãos a possibilidade de atuarem de forma organizada, assumindo, no mínimo, UMA AÇÃO CONCRETA POR MÊS PARA A MELHORIA AMBIENTAL DA COMUNIDADE como plantar e cuidar das novas árvores, fazer coletas de sementes e produzir novas mudas, denunciar agressões ambientais, ajudar a implantar a coleta seletiva de lixo na escola, etc. Faça um PLANEJAMENTO COOPERATIVO envolvendo a todos para que tomem conhecimento da situação, proponham substituições de materiais e comportamentos, estabelecem metas quantitativas e períodos de tempo para promover as mudanças pretendidas.

Papel de fibra de cana de açúcar promete zero árvores no chão

Economizar papel é uma das primeiras bandeiras levantadas por empresas quando querem se dizer “verdes”. Faz sentido já que é bastante fácil colocar em prática e ainda reduz custos para a empresa, como aliás costuma acontecer com muitas iniciativas de foco ambiental embora poucos percebam isso.
Fazer anotações no próprio computador, ao invés do papel, ler documentos sem imprimir, salvar comprovantes bancários no computador e não impressos, enfim, as formas são muitas, mas, ao contrário do que se dizia há alguns anos, o computador não reduziu o consumo de papel, pelo contrário, o crescimento é constante. Pensando nisso, a empresa estadunidense TreeZero diz ter encontrado uma alternativa “100% amiga das árvores”
Ao invés de cortar árvores, o papel “TreeFrog” é produzido com fibra de cana-de-açúcar, ou seja, a sobra da extração do açúcar ou etanol. Além disso não utiliza cloro e exige de 10 a 15% menos produtos para o embranquecimento. Como um bom papel que preze pela sustentabilidade, o TreeFrog é reciclável através dos mesmos processos utilizados em papéis comuns de eucaliptos ou pinheiros. O produto ainda não está disponível no Brasil.
Enquanto a matéria prima vier da sobra da cana-de-açúcar já plantada para extrair etanol ou açúcar, não há o que se questionar. A dúvida fica a partir do momento em que áreas forem plantadas com a intenção de produzir este papel.
Uma árvore (eucalipto ou pinheiro) pode demorar até 10 anos para chegar a fase de corte, enquanto a cana se renova a cada dois anos, ou seja, cinco vezes mais produção. Será? Suponho que 1m² de terra para plantio de eucalipto produza algumas vezes mais que 1m² de cana-de-açúcar, e precisaríamos ainda pesar o potencial de absorção de CO2 das duas opções durante a fase de crescimento e o impacto no solo. Não tá fácil pra ninguém ser eco…

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Coca-Cola planta árvores em outdoor

Esse gigante de 18 metros é a publicidade mais curiosa já encontrada em Makati, nas Filipinas. Instalado no último dia 23 de junho, o outdoor tem 3.600 mudas de árvores e um espaço vazado no centro formando a garrafa do refrigerante mais famoso do mundo.
Em parceria com a WWF, a Coca-Cola criou essa instalação para ajudar a reduzir a poluição do ar.
Com um sistema de irrigação próprio, cada uma das árvores crescerá se apoiando à sua vizinha. Juntas, serão capazes de absorver mais de 21 mil kg de CO2 por ano. Nada mal, quero uma dessas aqui na esquina

Jogar remédios no lixo comum deveria ser considerado atentado biológico

Talvez o termo “atentado biológico” não exista, mas seria justo se considerarmos a contaminação gerada pelo descarte incorreto de medicamentos, seja no lixo comum, vaso sanitário ou na pia de casa.
Sofrem solo, água, fauna, flora e a própria saúde humana pois substâncias de difícil decomposição podem contaminar os recursos hídricos e alterar o desenvolvimento de plantas e animais.
É bastante comum mantermos em casa alguns remédios mais “leves” para dores de cabeça, resfriado ou dores musculares, isso quando remédios controlados não fazem parte do uso cotidiano de algum dos moradores da casa. Acontece que os remédios, como praticamente tudo no mundo, possuem data de validade.
Segundo artigo da Revista Ciências do Ambiente On-Line, da Unicamp, análises feitas em todo o mundo detectaram presença de restos de antibióticos, anestésicos, hormônios e anti-inflamatórios em esgoto doméstico, águas superficiais e subsolos.
No Brasil, são aproximadamente 170 milhões de unidades de medicamentos ou produtos farmacêuticos vendidos por mês no setor varejista, segundo dados da Anvisa. Muitas das embalagens não são nem abertas.
Então lembre-se de verificar essa data no momento da compra, quanto mais longe, melhor, é claro. Depois, de tempos em tempos, reveja a validade dos remédios que tiver em casa e, caso algum esteja prestes a expirar, informe-se sobre pontos de doação. Muitas cidades recolhem medicamentos para o sistema de saúde público.
Caso na sua cidade esse serviço não exista, questione a Secretaria de Saúde local sobre qual a destinação adequada. Aproveite para doar remédios cujo uso se tornou desnecessário na sua residência.
Ok, mas digamos que o remédio venceu e você não se deu conta em tempo. A Secretaria de Saúde continua sendo uma ótima forma de se informar sobre a solução adequada, mas podem existir outras saídas, como em São Paulo, onde Pão de Açúcar e Eurofarma lançaram o programa Descarte Correto de Medicamento. Após recolhido, os produtos são encaminhados para o Departamento de Limpeza Urbana.
E cobre as autoridades: está em tramitação no Congresso desde 2009 um projeto de Lei que obriga indústrias farmacêuticas e empresas de distribuição de medicamentos a destinar corretamente medicamentos com prazos de validade vencidos. Mais do que importante, é essencial. 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Livros de papel vão deixar a Coréia do Sul até 2015

A Coréia do Sul é um dos países que tem a melhor conexão de internet do mundo e irá usar isso a favor do meio ambiente já que, até 2015, só vai usar livros digitais com todos alunos do país.
O governo sul-coreano vai investir mais de R$ 3,2 bilhões para fazer isso funcionar. Os livros de papel serão substituídos por livros digitais em tablets. O ministério da Educação, Ciência e Tecnologia (veja, um só para tudo isso e funciona) informou que os livros terão conteúdo tradicional e também multimídia (vídeos, músicas etc) e todas escolas vão possuir redes Wi-Fi para que os alunos tenham acesso aos livros e conteúdos disponíveis na web.
Para as famílias de baixa renda, o governo irá fornecer tablets de graça. A distribuição, aliás, deve começar logo já que nessa primeira fase os livros em papel vão conviver com os digitais até que, em 2015, seja feita a transição total.
Vale lembrar que, dependendo do tablet ele vai poder ser usado até como carderno e aí menos papel será feito.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Mapa mostra impacto humano no Planeta


O ser humano altera muito a Terra, nós já sabemos disso. Caso alguém tenha dúvidas, o mapa feito pelo antropólogo Félix Pharand mostra como a área urbana, estradas e redes aéreas estão acabando com o espaço verde em nosso planeta.
Por conta dessas alterações, alguns cientistas estão querendo começar uma nova era geológica chamada de Antropoceno (algo como “humano novo”).
Para que essa mudança? Para, no futuro, quando estiverem estudando esse período geológico, seja quem for, poderá saber que grandes mudanças aconteceram por conta de atitudes humanas.
“O Antropoceno tem grandes chances de se tornar o nome oficial de nossa era. Em junho de 2009, uma nova equipe foi incumbida de examinar a possibilidade de reconhecer uma divisão do Antropoceno dentro do Holoceno ou realmente separado”, disse Félix Pharand.
Para o novo nome ser oficializado, basta a Comissão Internacional de Estratigrafia aceitar ao pedido.