O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, apelou ontem (19) para que acidentes radioativos, como o que destruiu a Usina Nuclear de Chernobyl, em 1986, na Ucrânia, e o de Fujkushima, em 11 de março deste ano, no Japão, sirvam para uma “profunda reflexão global” sobre o futuro da energia nuclear e o sistema de segurança que cerca o assunto. Ele lembrou que as ameaças geradas por estes acidentes atingem todos os setores.
Ki-moon afirmou que os acidentes nucleares de Chernobyl e Fukushima trazem à tona questões preocupantes. “Este é um momento de profunda reflexão: como podemos garantir tanto os usos pacíficos da energia nuclear com segurança máxima? Precisamos de um repensar global sobre esta questão fundamental “, disse ele.“Estamos, mais uma vez, dolorosamente, aprendendo sobre os acidentes nucleares. [Os acidentes nucleares] provocam ameaças diretas para a saúde humana e o meio ambiente. Também causam interrupções no desenvolvimento econômico afetando desde a produção agrícola até o comércio e os serviços globais “, disse Ki-moon.
Para o secretário-geral da ONU, é fundamental reforçar a segurança nuclear revendo normas e protocolos em níveis nacionais e internacionais. “Devemos colocar um foco mais intenso sobre os desastres naturais e a segurança nuclear” , disse ele. “As usinas nucleares devem estar preparada para tudo, inclusive resistir a terremotos, tsunamis, incêndios e enchentes. ”
De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), há 443 usinas nucleares de geração de energia em funcionamento em 29 países. “Unindo forças, nós poderemos ter certeza de que as tragédias de Chernobyl e Fukushima são uma coisa do passado e não um prenúncio do futuro”, disse Ki-moon.
Reportagem de Renata Giraldi, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 20/04/2011
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